quinta-feira, dezembro 09, 2010

Crónica da Ronda dos Aliados - 28.11.2010

Mas que frio!!!

No último domingo estava de facto muito frio...havia até quem pensasse que deveria ser proibido fazer rondas ou trabalho voluntário com tamanho frio.
Para tentar fintar o frio, em Cedofeita, houve uma sessão do jogo da macaca para aquecer um pouco, que contou com a participação especial do Sr A..
Com o Sr. M., tivémos a ideia de conversar um pouco num café próximo para despistar um pouco o frio. Ele, sempre no seu ritmo frenético, lá esteve a narrar mais uma das suas já habituais histórias, quase não respirando entre as palavras, como que com receio que algum de nós incorresse na imprudência de dizer que tinhamos de ir indo...
Houve bolo!!! para um menino especial, o Sr. M.
Os cobertores não foram precisos, mas continuam no carro à espera da pessoa certa.
Chegando a casa, estava um banho bem quente à minha espera, enquanto na rua o frio fustigava...

Para a semana teremos a visita do nosso querido Sr. JC. Que saudades... vou ligar-lhe ainda esta semana.
A semana passou e continua frio...penso agora, no Sr. M, no Sr. M, na D. H., na D. M, no M. toxicodependente e seropositivo...talvez para a semana o tempo melhore.

Maria João Pato

domingo, dezembro 05, 2010

Crónica das Aldeias - 27.11.2010

Um Olá quentinho...

Venho hoje falar-vos do quanto é bom, sair de casa numa manhã fria, e saber que a alguns quilómetros de distância, vamos encontrar umas senhoras cheias de esperança e com o coração bem quente para nos receberem... Pois é... já ouviram falar deste sentimento?? é mesmo bom experimentá-lo... ao fim de 3 anos ainda é este o sentimento que me faz querer voltar da próxima vez...

Ser acolhido pela companhia da D. Aurélia, sempre com a força de ter nascido em 1915, estava hoje na companhia do seu filho, que vive no Porto, que via com carinho a força e alegria de sua mãe, e dizia "é aqui que se sente bem, que pode dar as suas caminhadas..." e por falar em caminhadas, lá fomos nós, dar um passeio até onde o sol conseguia chegar, pois à sombra estava um pouco frio...


Entre conversas, esse passeio termina em casa da D. Alda, que bem disposta sempre nos acolhe com o seu sorriso e graça...
Fala-se do magusto na associação "Águia do Marão", contando sempre com um comentário mais crítico da visão da D. Alda, que tem sempre algo a dizer, contam-se anedotas e falam-se de histórias antigas...

Que mais dizer... uma tarde bem passada...

Um abraço fechado...

Diogo Costa | Candemil


sexta-feira, dezembro 03, 2010

Crónica da Ronda da Boavista - 14.11.2010

Estes últimos meses na ronda da Boavista têm sido de alguma mudança.

Para começar, houve alterações na equipa: deixamos de ter o Rui, como voluntário mas ganhamos a Diliana e a sua vivacidade.

Quanto aos sem-abrigo a mudança de estação trouxe algumas novidades. A D. G. vemo-la cada vez mais cansada mas alegramo-nos com a sua determinação em regressar aos estudos e completar o 12º ano. O Sr. A. é cada vez mais raro conseguirmos conversar com ele, muitas vezes já se encontra a dormir e esta não tem sido uma boa fase. O Sr. A. tem andado preocupado com os cortes no RSI mas mantém o sorriso e a boa disposição. O JP já tem sítio para ficar que não seja a rua, continua com o trabalho e tem procurado emprego na sua área de formação. O Sr. G.cada vez que lá vamos aprendemos uma receita nova para as maleitas do corpo e até do espírito. O Sr. Z. mudou de sítio, para uns metros ao lado. Não sabemos o que motivou a mudança mas a minúcia e perícia na montagem do abrigo de papelão mantêm-se. O ZC teve problemas de saúde, ja o vimos pior, parece agora estar empenhado em melhorar um pouco a sua vida. A D. F. assim que chegamos perto ouvimos "quero chá!" vive no sitio mais frio de todos aqueles por onde passamos. é a personagem mais contestatária e mantém uma crença inabalável que a atribuição de casa estará para breve. Ultimamente temo-la encontrado na companhia do filho e da nora. Apesar do seu jeito desajeitado é sempre cuidadosa a perguntar por antigos voluntários.

O Natal esta próximo alguns preferiam passar esta época sem a lembrar outros vivem com intensidade e aguardar a possibilidade de participar em ceias e de reverem alguns dos antigos voluntários. Esperamos poder levar esperança.

Ana Sanches