Pelas 17:00 h, começaram a chegar ao portão grande da entrada os 7 voluntários para mais um encontro…não se sabia bem com quem. Sabia-se sim, que esse encontro seria feito com seres humanos controlados pela sociedade e maltratados pelo destino. Mulheres e homens, adultos e jovens, brancos e de cor. Do Segenal, da Nigéria, de Marrocos, da Itália, e de outras paragens. Sempre seres humanos, a quem se iria transmitir um pouco de humanidade desinteressadamente, e em total disponibilidade.
Feito o jogo de apresentação, vieram as conversas, os desabafos, misturando desilusões e sonhos.
Aproximadamente 60 minutos de companhia amigável, entre estranhos, só com a preocupação de tornar para cada um e cada uma aquele dia mais diferente, mais risonho, mais humano. Viemos com a certeza de que foi esse o nosso desejo e com a esperança de que isso mesmo tenha acontecido.
Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
quinta-feira, julho 09, 2009
terça-feira, julho 07, 2009
Crónica das Aldeias - 04.07.2009
Foi um dia muito especial nas Aldeias, porque começamos a visitar novas pessoas em Ansiães. Depois do falecimento da D. Olívia, a nossa querida centenária, e da D. Maria Fernanda, decidimos visitar novas pessoas.
A Sofia da Progredir (associação que faz apoio domiciliário na região), levou-nos e apresentou-nos às pessoas que já aguardavam a nossa chegada. No Casal, encontramos a D. Ondina e a D. Cidália, ambas muito amorosas, com vontade de falar e de nos conhecer. Ficamos a saber um pouco das suas vidas e dos graus de parentes com outras senhoras que visitamos. Aliás na Aldeias todas as pessoas tem ligações
entre uns lugares e outros, basta ver que a D. Ondina é cunhada da D. Maria do Carmo de Candemil, ambas conhecidas como sapateiras!
Depois de animada conversa, despedimo-nos, e ainda ouvimos um “ Adeus, minha filha!” dedicada à Marta, que nos trouxe um sorriso com muita vontade de voltar e conhecer mais.
Fomos ao Peso, onde nos esperava a D. Aldina com um sorriso. Ela já nos conhecia! Tinha participado na festa de Natal em Bustelo, onde tinha dado o xaile ao menino Jesus no teatro que fizemos.
O marido faleceu no ano passado, e a família deu-lhe imenso apoio, em especial a neta de quem tanto se orgulha. Contou-nos como é tão importante o trabalho da Progredir, e como são tão boas as visitas das funcionárias que lhes levam o almoço e as ajudam na higiene nos dias da semana.
Mais uma vez falamos um pouco de nós e do que fazemos, e a D. Aldina contou-nos sobre a única vez que, por duas semanas, foi a França estar com o filho, e foi a Paris, mas não subiu à torre Eiffel. Falou-nos do tempo em que a vida era dura de trabalho, em só havia trabalho na floresta, com a carqueija ou o carvão. No final despedimo-nos com um grande abraço e um sorriso que nos encheu o coração.
Terminamos o dia sentindo totalmente que ajudamos um pouco com a solidão destas pessoas, e que recebemos tanto sem perceber!
Agradecidos por ter conhecido estas três senhoras que nos receberam tão bem, sem reticências ou receios, e com sorrisos tão grandes que nos encheram de vontade de voltar.
Obrigado às três!
Jorge Mayer | Ansiães
A Sofia da Progredir (associação que faz apoio domiciliário na região), levou-nos e apresentou-nos às pessoas que já aguardavam a nossa chegada. No Casal, encontramos a D. Ondina e a D. Cidália, ambas muito amorosas, com vontade de falar e de nos conhecer. Ficamos a saber um pouco das suas vidas e dos graus de parentes com outras senhoras que visitamos. Aliás na Aldeias todas as pessoas tem ligações
entre uns lugares e outros, basta ver que a D. Ondina é cunhada da D. Maria do Carmo de Candemil, ambas conhecidas como sapateiras!
Depois de animada conversa, despedimo-nos, e ainda ouvimos um “ Adeus, minha filha!” dedicada à Marta, que nos trouxe um sorriso com muita vontade de voltar e conhecer mais.
Fomos ao Peso, onde nos esperava a D. Aldina com um sorriso. Ela já nos conhecia! Tinha participado na festa de Natal em Bustelo, onde tinha dado o xaile ao menino Jesus no teatro que fizemos.
O marido faleceu no ano passado, e a família deu-lhe imenso apoio, em especial a neta de quem tanto se orgulha. Contou-nos como é tão importante o trabalho da Progredir, e como são tão boas as visitas das funcionárias que lhes levam o almoço e as ajudam na higiene nos dias da semana.
Mais uma vez falamos um pouco de nós e do que fazemos, e a D. Aldina contou-nos sobre a única vez que, por duas semanas, foi a França estar com o filho, e foi a Paris, mas não subiu à torre Eiffel. Falou-nos do tempo em que a vida era dura de trabalho, em só havia trabalho na floresta, com a carqueija ou o carvão. No final despedimo-nos com um grande abraço e um sorriso que nos encheu o coração.
Terminamos o dia sentindo totalmente que ajudamos um pouco com a solidão destas pessoas, e que recebemos tanto sem perceber!
Agradecidos por ter conhecido estas três senhoras que nos receberam tão bem, sem reticências ou receios, e com sorrisos tão grandes que nos encheram de vontade de voltar.
Obrigado às três!
Jorge Mayer | Ansiães
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