Curiosamente começo a escrever esta crónica enquanto subo o Marão em direcção a casa. Olho para a serra pontilhada de luzes e tento localizar Bustelo... Essa aldeia longínqua à qual o nosso caro Adriano ainda não consegue chegar sem GPS (e já lá vão sete meses)!
Penso se estará a D. Fernanda em frente à lareira a imaginar o seu novo portão para não ter que dar mais corridas aos intrometidos que se "penduram" à sua porta...
E o Sr. Aurélio, sempre atento às intrigas políticas e ao futebol, será que hoje conseguiu voltar a admirar a "estrela" D. Emília como quando a conheceu?
E que novidade, a partir da sua varanda com a sua toilette sempre impecável, teria hoje a D. Maria para nos contar?
E será que a D. Celeste teve hoje a visita dos seus filhos e netos dos quais fala com tanto carinho?
Assim recordo a última visita à aldeia de Bustelo onde tenho sido sempre tão bem recebida por todos os que visitamos e pelos meus companheiros de Rondas…
Teresa Monjardino | Bustelo
Famílias, Aldeias e Sem Abrigo estas são as nossas áreas de acção. Um grupo de jovens do Porto, que no CREU têm uma casa, lançam mãos aos desafios que lhes surgem.
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
Crónica dos Séniores Janeiro de 2010
As visitas têm decorrido num ambiente muito afável e de uma forma bastante positiva. De facto temos sido muito bem acolhidos pelas nossas queridas amigas que nos recebem com muita alegria e no final de cada visita agradecem-nos sempre muito pelo tempo que passamos com elas. Sentem que durante o tempo que lá estamos as acarinhamos, lhes damos atenção, importância e tentamos proporcionar-lhes alguns momentos de alegria e distracção. Normalmente quando chegamos cumprimentamos todas individualmente com um enorme beijo e abraço, tentando depois perguntar a cada uma como tem passado desde a última visita. Levamos uma lista de músicas tradicionais portuguesas do tempo da nossa infância e com elas cantamos. Numa das visitas estivemos a jogar o jogo das cartas com perguntas sobre diversos temas (provérbios, adivinhas, nomes de cidades, curiosidades, entre outros) que tem por objectivo ir recebendo pontos por cada resposta acertada, ganhando quem reunir maior número de pontos. A maioria participa com bastante agrado e entusiasmo e até mantém um certo espírito de competição, tentando antecipar-se umas às outras nas respostas. Por vezes até "se pegam" por haver respostas ao mesmo tempo ou quando alguma responde fora da sua vez. Há uma, a D. V., que embora seja das mais velhas (86 anos) é a que mais se destaca em todo o grupo, por responder muitas vezes acertadamente denotando uma boa memória e rápido raciocínio (até lhe dizemos que parece uma enciclopédia). É por sinal das que nos preocupa um pouco pois soubemos que vive sozinha e não tem família nenhuma. De qualquer modo estamos a analisar se a poderemos ajudar de alguma forma. Depois do jogo das cartas fizemos o habitual momento de ginástica em que algumas não participam preferindo estar sentadas. Seguimos normalmente um plano com exercícios próprios para séniores que a Manuela arranjou. Na segunda visita, para além das músicas que cantámos, estivemos a jogar o jogo do Uno praticamente todo o tempo, tendo como líder do jogo o Sr. A. (um dos dois elementos masculinos deste grupo de séniores).
Por agora é tudo. Resta-me acrescentar que já temos com elas uma relação de grande carinho e que as levamos no coração sempre que saímos de lá.
Um grande abraço.
Fátima
Por agora é tudo. Resta-me acrescentar que já temos com elas uma relação de grande carinho e que as levamos no coração sempre que saímos de lá.
Um grande abraço.
Fátima
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Crónica da Ronda da Batalha - 31.01.2010
Noite fria de Inverno… Arrancamos com toda a vontade de "aquecer" a noite aos nossos amigos!
O Sr. F estava para poucas conversas… disse-nos que tinha gostado muito da prenda de Natal, ficou uma camisola e um casaco para se aquecer, mas disse-nos que entretanto queria dormir – desejou-nos uma boa noite e seguimos viagem.
Já o nosso querido Sr. Fr estava todo enroladinho nos cobertores e disse que estava tudo bem, mas pediu delicadamente que fossemos embora.
Rumamos para ir ao encontro do N. mas infelizmente não o encontramos lá… Terá entrado num tratamento? Terá ele fugido de responder às nossas perguntas de ajuda? Vamos aguardar pela próxima semana, uma vez que não temos um contacto para saber dele.
Ora quem encontramos de seguida? O P. que ficou radiante com o saco cama, com o casaco… e o melhor de tudo o BOLO REI - é bom agradar quem menos pode, mas neste caso o P. é exigente, brincalhão e espertalhão! Desta vez até olhou para o João e lhe disse ele tinha estilo de segurança ihih, enfim.. dois dedos de conversa, tentativas para que o P. tente procurar um novo rumo!
Terminamos a noite sem ver o M., mas o J. com pressa para ir para Estarreja… Vamos esperar realmente que o J. ouça um pouco alguns dos nossos conselhos, pois até hoje… Mas pode ser que "água mole em pedra dura tanto bate e talvez fure"… Esperemos ter resultados positivos, pelo menos tentamos trazer um pouco de alento nestas noites!
Até uma próxima crónica
Sabina
O Sr. F estava para poucas conversas… disse-nos que tinha gostado muito da prenda de Natal, ficou uma camisola e um casaco para se aquecer, mas disse-nos que entretanto queria dormir – desejou-nos uma boa noite e seguimos viagem.
Já o nosso querido Sr. Fr estava todo enroladinho nos cobertores e disse que estava tudo bem, mas pediu delicadamente que fossemos embora.
Rumamos para ir ao encontro do N. mas infelizmente não o encontramos lá… Terá entrado num tratamento? Terá ele fugido de responder às nossas perguntas de ajuda? Vamos aguardar pela próxima semana, uma vez que não temos um contacto para saber dele.
Ora quem encontramos de seguida? O P. que ficou radiante com o saco cama, com o casaco… e o melhor de tudo o BOLO REI - é bom agradar quem menos pode, mas neste caso o P. é exigente, brincalhão e espertalhão! Desta vez até olhou para o João e lhe disse ele tinha estilo de segurança ihih, enfim.. dois dedos de conversa, tentativas para que o P. tente procurar um novo rumo!
Terminamos a noite sem ver o M., mas o J. com pressa para ir para Estarreja… Vamos esperar realmente que o J. ouça um pouco alguns dos nossos conselhos, pois até hoje… Mas pode ser que "água mole em pedra dura tanto bate e talvez fure"… Esperemos ter resultados positivos, pelo menos tentamos trazer um pouco de alento nestas noites!
Até uma próxima crónica
Sabina
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Crónica da Visita às Aldeias - 23.01.2010
Encontrámo-nos no local combinado, em frente à igreja Nossa Senhora de Fátima, por volta das 11 horas para seguirmos para Amarante. Saída por volta das 11:25, com alguns atrasos. Precisamos de melhorar este aspecto…
Estava um bonito dia, chegados a Candemil muito animadas, montamos a "tenda" do almoço, fizemos as respectivas apresentações, "velhas" e novas (não em idade... mas em funções). No durante do repasto e coitada da Cláudia, fomos informados da distribuição dos novos elementos pelas aldeias.
Por volta das 14:00 lá seguimos nós para o objectivo que nos levava a estas bandas tão bonitas. Eu fiquei no melhor grupo, claro o nosso é sempre o melhor, a aldeia de Basseiros, juntamente com o Marcelo, o Diogo e a Ana (elemento residente da aldeia) que foi uma ajuda super importante...que nos indicou o local... apresentou-nos as bonitas senhoras e nos acompanhou o tempo todo.
A primeira casa visitada, foi a Tia Maria e a Tia Deolinda, as senhoras falam pouco, o que torna um pouco difícil o diálogo. Esta casa tem sempre gente, a filha e a neta que cosiam sapatos. De repente aparece um Neto de férias em Portugal que não se calava.
O Diogo mostrou umas fotografias tiradas lá (muito bem apanhadas por sinal) assim como foram tiradas mais umas fotos para ser feito um quadro de cada uma a pedido do neto. Na hora da saída, apareceram mais duas visitas, duas caras bem dispostas.
A seguir visitamos a Tia Hermínia muito presenteira com uma casinha bem bonitinha, cheia de vida e dinamismo... estava lá por acaso, (claro está, para nos receber), pois geralmente vai passar o fim-de-semana a Amarante a casa de um neto.
A terceira senhora a visitar não estava em casa, por isso seguimos caminho, subindo aquela ladeira e... ai Jesus que me ia dando a sofeca... lá chegamos a casa da Tia Dulce. Fomos recebidos, pelo marido e filha. Da última vez que lá estivemos (Janeiras) ela estava de cama, hoje encontrava-se na cozinha, sentada na sua cadeira, um pouco mais faladora... mas desanimada com a vida...
O que mais me marcou nas visitas é a atitude das senhoras, com excepção da tia Hermínia, todas elas falam pouco, estão tristes... desanimadas, parece que esperam a hora de ir...
Bem tudo passou muito rápido, eu gostei muito.
Obrigada meu Deus pelo dia que passei!!
Margarida Macedo | Basseiros
Estava um bonito dia, chegados a Candemil muito animadas, montamos a "tenda" do almoço, fizemos as respectivas apresentações, "velhas" e novas (não em idade... mas em funções). No durante do repasto e coitada da Cláudia, fomos informados da distribuição dos novos elementos pelas aldeias.
Por volta das 14:00 lá seguimos nós para o objectivo que nos levava a estas bandas tão bonitas. Eu fiquei no melhor grupo, claro o nosso é sempre o melhor, a aldeia de Basseiros, juntamente com o Marcelo, o Diogo e a Ana (elemento residente da aldeia) que foi uma ajuda super importante...que nos indicou o local... apresentou-nos as bonitas senhoras e nos acompanhou o tempo todo.
A primeira casa visitada, foi a Tia Maria e a Tia Deolinda, as senhoras falam pouco, o que torna um pouco difícil o diálogo. Esta casa tem sempre gente, a filha e a neta que cosiam sapatos. De repente aparece um Neto de férias em Portugal que não se calava.
O Diogo mostrou umas fotografias tiradas lá (muito bem apanhadas por sinal) assim como foram tiradas mais umas fotos para ser feito um quadro de cada uma a pedido do neto. Na hora da saída, apareceram mais duas visitas, duas caras bem dispostas.
A seguir visitamos a Tia Hermínia muito presenteira com uma casinha bem bonitinha, cheia de vida e dinamismo... estava lá por acaso, (claro está, para nos receber), pois geralmente vai passar o fim-de-semana a Amarante a casa de um neto.
A terceira senhora a visitar não estava em casa, por isso seguimos caminho, subindo aquela ladeira e... ai Jesus que me ia dando a sofeca... lá chegamos a casa da Tia Dulce. Fomos recebidos, pelo marido e filha. Da última vez que lá estivemos (Janeiras) ela estava de cama, hoje encontrava-se na cozinha, sentada na sua cadeira, um pouco mais faladora... mas desanimada com a vida...
O que mais me marcou nas visitas é a atitude das senhoras, com excepção da tia Hermínia, todas elas falam pouco, estão tristes... desanimadas, parece que esperam a hora de ir...
Bem tudo passou muito rápido, eu gostei muito.
Obrigada meu Deus pelo dia que passei!!
Margarida Macedo | Basseiros
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